Tratamento da Fissura Anal Crônica: Opções Médicas e Cirúrgicas para Evitar a Incontinência

Tratamento da Fissura Anal Crônica: Abordagens Modernas e Seguras

A fissura anal crônica é uma condição dolorosa caracterizada por uma fissura no canal anal que persiste por mais de 6 semanas. Tradicionalmente, o tratamento cirúrgico era a primeira linha de combate, mas os riscos de incontinência associada levaram a uma mudança para terapias médicas que visam relaxar temporariamente o esfíncter anal interno.

O Que Causa a Fissura Anal Crônica?

A fissura anal ocorre quando o fluxo sanguíneo para a área afetada é reduzido, o que, somado ao espasmo do esfíncter anal interno, dificulta a cicatrização. Os sintomas mais comuns incluem dor intensa durante e após a evacuação, sangramento e presença de uma papila anal hipertrofiada.

Tratamento Cirúrgico vs. Terapias Médicas

Cirurgia Tradicional

A cirurgia tradicional, como a esfincterotomia lateral interna, reduz permanentemente a pressão do esfíncter anal. Embora eficaz, esse procedimento carrega riscos de incontinência fecal.

Terapias Médicas

A introdução de terapias médicas mudou o panorama do tratamento da fissura anal crônica. Cremes à base de nitroglicerina e bloqueadores de canais de cálcio, como o diltiazem, relaxam temporariamente o esfíncter, permitindo a cicatrização sem o risco de incontinência.

Botox também se destaca como uma opção de tratamento, pois a aplicação de toxina botulínica no esfíncter anal relaxa o músculo por um período prolongado, com menores chances de efeitos adversos.

Conclusão

O tratamento de primeira linha para fissura anal crônica é a terapia médica, que oferece uma alternativa segura e eficaz à cirurgia. Para casos resistentes, a esfincterotomia ainda pode ser considerada, mas com cautela em relação aos riscos de incontinência.